O batismo

Ontem, minha cunhada Luisa e o marido, Leo, batizaram os gêmeos Pedro e Tomás, de nove meses, na linda igreja das Irmãs Clarissas, na Gávea. Foi um dia muito especial para a nossa família.  

Grande parte dos batizados realizados no Brasil é comunitária. Quem quiser ter uma cerimônia individual precisa reservar horário com bastante antecedência. 

As paróquias às vezes cobram uma taxa, mas, quando não o fazem, é recomendável realizar uma doação, seja para a própria igreja ou para alguma obra social apoiada pelo pároco.

Ter um padre que acompanhe a família e com o qual você tenha afinidade é o ideal, mas nem sempre a igreja dele é amais acolhedora para uma cerimônia intimista. E muitas vezes a escolhida não aceita que um diácono de fora realize a celebração. Ter um estimado padre também evita surpresas como a que tivemos ontem, ao ouvirmos um sermão muito conservador, que não reflete em nada as nossas crenças.

Cada padre tem liberdade para determinar algumas regras para o batismo, podendo existir paróquias que exigem dos padrinhos o comprovante de curso preparatório e até de casamento em igreja, recusando divorciados, por exemplo. Apesar disso, nenhuma igreja católica pode negar a filhos de pais separados o sacramento. Antes de fechar o local e a data, os pais do batizando devem conversar com o sacerdote para ver se poderão cumprir suas exigências.

Para o ato, em si, os pais precisam providenciar a vela, que será acesa pelo padrinho durante a cerimônia no Círio Pascal, que simboliza Cristo, a Luz do mundo. Tenha também uma toalhinha ou fralda de pano para enxugar a cabeça da criança depois do rito da pia batismal.

A roupa do bebê deve ser branca e, se possível, facilitar o acesso ao tórax para o momento da unção. Tentei usar no Felipe um mandrião, uma espécie de camisola unissex, um traje tradicional no batismo, mas o pai não concordou, achou muito rococó e feminino, então providenciamos camisa social, short e sapatinhos brancos. Os pais devem estar vestidos discretamente, com as mães evitando decote e vestido curto.

Se quiser oferecer uma lembrancinha aos convidados, melhor que seja algo relacionado à igreja, como um vidrinho de água benta ou um santinho. Nós demos de presente para a Luisa e o Leo distribuírem cartões com a oração do anjo da guarda e um pingente do Espírito Santo, encomendados na Nine Memórias Criativas.

O padre que batizou o Felipe fez uma coisa da qual eu não gostei: suspendeu-o rapidamente ao alto, com os braços totalmente levantados. O gesto deixou o Felipe assustado e provocou um choro desnecessário. Se achar que vale alertar, peça com jeitinho que ele não faça nenhum movimento brusco, especialmente se a criança for bem pequena.

Levar um arranjo floral para o altar é um cuidado a mais.

Alguém da família ou um amigo próximo pode ser o fotógrafo oficial. Os pais devem estar concentrados, de corpo e alma, na cerimônia. Se preferir um registro de melhor qualidade, contratar um fotógrafo profissional, mas reforçando que ele precisa ser comedido na movimentação.

Minha cunhada fez uma linda surpresa aos dois irmãos: surpreendeu o meu marido e o meu cunhado, Antonio, pedindo que fossem os padrinhos de consagração. O Joaquim ficou sendo o padrinho do Pedro.

É muito comum oferecer um almoço ou lanche após o ritual. Nesse caso, além da comida, é recomendável um bolo, e até docinhos.

Fiz para o batizado do Felipe, em 2012, convites virtuais seguidos de telefonemas para não ficar tão impessoal. Comprei no banco de imagem Shutterstock um template e o preenchi eu mesma com as informações necessárias.

Espero que essas dicas possam ajudar quem pretende batizar um filho.