Hoje vim pra Araras, na serra de Petrópolis, onde meus sogros têm uma casa de fim de semana. Vou ficar por estas bandas até o outro domingo. Como é bom ter um refúgio verde, longe do caos da cidade e do forte calor de verão que tem feito no Rio de Janeiro. Trouxe alguns livros sobre maternidade e o laptop, pois todo fim de ano me empenho em tentar zerar minha caixa de entrada de e-mails. Também gosto de fazer listas de resoluções para o ano novo, portanto hoje vou fazer o exercício focado no futuro rebento e no que eu preciso fazer por ele, por mim, pelo marido e pelo irmão mais velho.

Definir logo um nome (levei sete meses para bater o martelo no caso do Felipe).

Escolher os padrinhos, pois, quanto mais cedo, mais envolvidos eles ficarão com a gravidez.

Não exagerar no enxoval. Lembrar que são poucos eventos sociais até um ano de idade e ele não precisa de tantas camisas polo nem de botão. E, se repetir o modelito, ninguém vai notar. Uma vantagem sobre as meninas.

Ser mais regrada em relação à dieta proposta pela nutricionista Duda Guaraná.

Me matricular nas aulas de hidroginástica e pilates na academia para grávidas Bella Gestante.

Não ficar com cara de tédio quando todos à minha volta estiverem bebendo numa festa e eu não.

Em rodas de conversa não ser monotemática. Vale fazer uma propaganda light do Projeto Cegonha, mas sem alugar as pessoas sobre os melhores posts e suas repercussões.

Seguir sem folguista até o bebê nascer para poder me dedicar ao máximo ao Felipe nesse fim de reinado.

Não entrar na paranoia sobre se vou conseguir vaga na escola para o Felipe.

Gozar de todas as filas e vagas prioritárias e dos privilégios e paparicos que recebe uma gestante.

Torcer e pedir com vontade para ter outro parto normal.

Fazer uma viagem romântica com o meu marido antes de o bebê nascer.

Levar muito a sério este diário e respeitar a meta de um post por dia.