Oscilações térmicas

Hoje pela manhã fui andando até o Palácio da Cidade, que fica bem perto da minha casa, para um evento de celebração do início das comemorações dos 450 anos da cidade. Como era um ato solene, com a presença do prefeito Eduardo Paes, coloquei um blazer e uma saia.

Cheguei lá quase precisando de um balão de oxigênio. Foram as três quadras mais longas que eu percorri nos últimos meses. E, apesar do dia nublado, uma onda de calor foi tomando conta de mim. Por que não pensei melhor num plano B, com a possibilidade de desconstruir o modelito? Maldita blusa de alcinha com sutiã aparente que não permitia que eu tirasse o blazer!

Pra piorar a situação, o salão onde rolou a apresentação não tinha ar-condicionado, tampouco abriram as janelas. Acho que o ruído de fora poderia atrapalhar a filmagem. Enquanto isso, eu suava em bicas e olhava para os resignados homens de terno e gravata com profunda admiração. Me compadeci também das mulheres em início de menopausa, pensando que as tais ondas de calor devem ser parecidas com aquilo que eu estava sentindo.

Aí lembrei da minha coleção de leques e de como eles foram importantes pra mim na gravidez do Felipe. Tinha mais calor do que o normal e os leques eram sempre uma salvação. Lamentei não ter colocado nenhum na bolsa. Resgatei essa foto da sala de pré-parto, na Casa de Saúde São José, para provar que o leque foi fundamental nesse dia 5 de novembro de 2011. A cada contração aquele ventinho direto me trazia algum alívio. Nunca entendi por que no Rio de Janeiro os leques jamais se tornaram um acessório pop.

Alguém sabe me dizer porque as grávidas transpiram mais?

 

leque