Whastapp com moderação

Hoje foi o primeiro dia de aula do Felipe no segundo ano da Sá Pereira. A escola é a mesma, mas os professores são novos, assim como oito crianças que entraram no lugar de outras que mudaram de turma ou de turno. Fiquei surpresa ao ver que o novo professor é homem, o Ricardo, porém logo assimilei e percebi que vai ser uma experiência rica para o meu filhote, que já vive cercado de tantas mulheres.

Conhecendo meu eleitorado, achei prudente deixar as minhas tardes livres esta semana para o caso de ser necessário ficar um tempo maior junto com o Felipe para ajudar na adaptação. Hoje fui a única mãe veterana que precisou ficar lá até quase o fim do dia, mesmo que fora da sala, para dar segurança ao pequeno. O Felipe tem uma personalidade muito particular. É reservado, um tanto tímido, e precisa confiar para se abrir. Igualzinha à mãe (#sqn), que saiu puxando conversa com as novas mães e pais da turma e no fim do dia já tinha recolhido todos os telefones e criado um grupo no Whatsapp.

A ferramenta é uma mão na roda para tratar de assuntos como reuniões de classe, combinação de lanches variados em dias de passeio, comunicação de faltas, organização de aniversários e de encontros extracurriculares. Participo de mais dois grupos em função do meu filhote: o da turma de capoeira e o Moms and Friends, reunindo amigas com filhos em idades próximas com as quais costumo me encontrar com frequência.

Tenho o aplicativo instalado no meu celular para facilitar a rotina, mas não me considero uma viciada. Pelo menos não como muitas pessoas que conheço, que exageram no uso da tecnologia. O marido de uma amiga desabafou comigo, recentemente, que não aguenta mais o dedinho nervoso da mulher, pois ela perde vários bons momentos de conversa entre o casal absorvida por quatro ou cinco grupos simultaneamente, com diálogos provocados pela própria.

Essa amiga, tenho de admitir antes de julgar, faz por onde e resolve a vida pelo Whatsapp. Criou até um grupo chamado “Babás”, já que as duas cuidadoras das filhas, a da semana e a do fim de semana, também operam com o “ZapZap”. A comunicação sobre as meninas, que andava meio atrapalhada, com o grupo virtual ficou muito mais eficiente. Com alguns caracteres ela comunica rotinas das quais todas precisam estar a par, como dar determinado remédio para alguma das filhas, atualizar horários de entrada e saída de aulas particulares, avisar se a família pretende viajar no fim de semana, além de assuntos gerais.

Ano passado a carta de uma mãe espanhola bombou na internet com milhões de acessos. Ela havia deixado o grupo do Whatsapp da turma da filha porque se recusara a ser a mãe protetora sempre de plantão que resolve todos os problemas da criança. O insight veio quando a filha chegou em casa dizendo, com toda a tranquilidade, que tinha esquecido o dever de matemática e que gostaria que a mãe o solicitasse a outra mãe do grupo. “Minha filha precisa enfrentar as consequências de chegar de mãos vazias na escola no dia seguinte!”, protestou a mãe. I refuse to be my daughter’s diary é o título do interessante desabafo que você pode ler no link http://www.bbc.com/news/blogs-trending-30210019

Seria má ideia criarmos um grupo do Projeto Cegonha? kkk

 

adaptacao na escola