Vacinas para adultos

Tomei ontem, no posto de saúde da Gávea, a vacina acelular dTpa, contra coqueluche, tétano e difteria, que desde novembro de 2014 está à disposição (apenas para gestantes) no calendário nacional do SUS. A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e 36ª semanas de gestação, período em que a imunização gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%.

Questionei a minha obstetra o porquê de ter que tomar novamente na segunda gravidez. Ela explicou que mulheres grávidas devem receber uma dose da dTpa em cada gestação, pois, além de se proteger, a mãe passa anticorpos para o filho na barriga, garantindo ao bebê imunidade nos primeiros meses após o nascimento até que ele complete o esquema vacinal contra coqueluche definido pelo calendário básico. Já quem tiver sido vacinado e não for engravidar não tem mais com o que se preocupar.

Estou com o braço dolorido, até suspeitei de barbeiragem do atendente, mas consultei outras grávidas e elas confirmaram que o sintoma é normal e dura uns dois dias. Ainda devo tomar até o fim da gravidez a vacina contra gripe suína, que só deve chegar aos postos e clínicas particulares em maio.

Desde a época em que morei na Gávea, próxima a esse mesmo posto, e precisei tomar às pressas uma vacina contra febre amarela – que quase me fez perder uma viagem em 2006 por conta dos dez dias de prazo necessário até conseguir o comprovante e poder embarcar –, me tornei uma CDF com esse lance. A ponto de fazer rotineiras visitas aos postos apenas para perguntar aos enfermeiros se rola alguma novidade. Fiz inclusive o Joaquim tomar vacina contra hepatites A e B quando nos conhecemos.

Uma coisa que várias mulheres só descobrem ao engravidar é que a vacina contra rubéola é muito importante e deve ser tomada no mínimo 30 dias antes de engravidar, não sendo recomendada para durante a gestação.

Já a vacina contra coqueluche, acredito que deva ser administrada em todas as pessoas que tiverem contato direto com o bebê. Vejam como foi minha experiência: meu enteado adolescente mora em Petrópolis e pegou coqueluche bem na época em que o Felipe nasceu. Só pôde conhecer o irmão quando ele já tinha um mês de vida. Apavorada, fiz da minha sala de estar na semana seguinte ao parto uma filial da clínica de vacinação. Enfileirei marido, sogros, pais e babá. Um “seguro” bem alto na época, considerando que consultei hoje a clínica Kinder para saber o preço e cada dose da vacina está custando R$ 195. Entendo que a realidade de muitos não permitam esse desembolso, mas é preciso ser coerente. Conheço muita amiga rica que toma a vacina e não paga pra cuidadora tomar também…

 

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