As grávidas da virada do ano devem estar sofrendo do mesmo dilema que eu. Ou talvez não, pois são mulheres mais conscientes e disciplinadas. Vamos ou não brindar a passagem do ano com uma taça de champanhe? Na segunda gravidez, a mãe tende a ser menos radical e mais relaxada com esse tema, permitindo uma dose aqui outra acolá.
Essa vinha sendo a minha prática, até ser apavorada por algumas amigas sobre o perigo de ingerir uma única dose de álcool durante a gravidez. Uma delas foi a Renata Capucci, que me contou que fez uma matéria para o Jornal Hoje abordando um estudo recente sobre como o álcool pode fazer mal ao bebê em toda a gestação. Assista no link:
Ontem a dermatologista Gabriela Munhoz usou outro argumento convincente. Se uma taça de vinho branco já é suficiente para deixar uma mulher altinha, imagine esse mesmo volume de álcool tendo que ser digerido por um feto com menos de um quilo. Afirmou que boa parte do álcool penetra a placenta e que não justifica correr risco algum.
Escrevi para a minha ginecologista e obstetra Juraci Ghiaroni para saber mais detalhes e o porquê de ela também defender a abstinência, e recebi a seguinte resposta: “A proibição total do álcool vem do fato de que as pesquisas não conseguiram estabelecer a dose mínima segura. Os riscos variam de acordo com a fase da gravidez, mas o mais temível é a ‘síndrome alcoólica’”. Leia um artigo interessante com mais informações sobre essa síndrome no link:
http://brasil.babycenter.com/a3500005/s%C3%ADndrome-alcoólica-fetal
Uma coisa que eu costumo fazer em festas para não me sentir tão excluída é pedir ao barman que prepare uma caipirinha com água ou suco de uva em taça de vinho tinto. Juro que o efeito psicológico funciona.
Com ou sem brinde, tenho certeza de que terei um Ano-Novo muito especial!