Hoje me despedi do dr. Sergio Simões e da atenciosa equipe da CliniSul. Não tenho mais nenhum exame de rotina programado até o nascimento do Lucas. Saí com a sensação de até logo, de que voltarei em breve para exibir meu filhote nos braços e matar as saudades. Agradeço demais a esse profissional tão competente e que teve um papel tão importante nas minhas duas gestações. Confesso também que adorava o programa casado de ir à clínica, localizada na torre do RioSul, em Botafogo, e depois fazer alguma comprinha ou resolver alguma pendência no shopping.
O curioso de uma relação com os médicos que acompanham o pré-natal é que eles são fundamentais para a gestante, mas a recíproca não é necessariamente verdadeira. Por maior que seja o vínculo estabelecido, você é apenas mais uma das centenas de pacientes que passam pelo consultório todo mês. E por melhor que seja a memória do profissional, deve ser difícil lembrar-se de todas as mães atendidas. Espero que ele não se esqueça de mim tão cedo, afinal de contas, já é o meu segundo filho, e nossos encontros sempre tiveram muita conversa e uma enxurrada de perguntas de minha parte.
Me lembro de que numa das primeiras vezes que estive lá fiquei admirada com a família grande que pensei que ele tinha, pois havia vários porta-retratos com muitas crianças, que, ingenuamente, imaginei fossem seus netos. Constatei depois, pelas fotos e cartas expostas nos corredores da clínica, que se tratava de pacientes demonstrando gratidão e carinho. Famílias que realizaram o sonho da maternidade vencendo batalhas duras contra adversidades ou pelas mãos qualificadas dos médicos da clínica, especializados em reprodução assistida. Acho que vou sugerir que ele coloque na recepção um “livro de ouro”, como fazem os grandes hotéis, que registram depoimentos das personalidades que lá se hospedam. Hoje, do jeito que saí de lá, emotiva, certamente teria escrito uma redação…
Dessa vez não pedi pra ninguém me acompanhar nos exames. Não estava apreensiva, e como tinha de realizar dois procedimentos longos não queria atrapalhar nem interromper a tarde de ninguém. Me senti serena e segura de que estava tudo bem. O primeiro exame, a cardiotocografia, levou cerca de 40 minutos. Eletrodos ligados a um monitor são colocados na barriga da mãe e o aparelho registra de modo contínuo a frequência cardíaca e os movimentos do bebê, bem como a presença e a duração de contrações do útero. Ao final do exame, o aparelho gera um laudo em forma de gráfico, semelhante ao de um eletrocardiograma, que deve ser interpretado pelo especialista. Como não há interferência do médico que está realizando o exame, é chamada de basal, feito com o feto em repouso. Tirei até uma soneca e lembrei que na gravidez do Felipe fiz esse exame um pouco mais tarde, já com 39 semanas e, por coincidência, na véspera do nascimento dele. O exame da época apresentou muitas contrações, mas o médico afirmou que elas não indicavam ainda trabalho de parto.
Hoje fiz também uma ultrassonografia para avaliar o estado geral do bebê. A maior preocupação, o ganho de peso excessivo por conta da diabetes, foi descartada. O Lucas está com a biometria fetal perfeita, compatível até com um bebê de cinco dias a menos do que sua real idade gestacional. Mas já posso chamá-lo de fofucho, com seus 46 centímetros e 2,8kg estimados. O líquido amniótico está com volume normal, assim como a morfologia fetal. O laudo termina com a frase “boa vitalidade”. Quer melhor notícia do que essa?
Saí com o Joaquim pra jantar fora, para comemorar o resultado e também conhecer o Formidable, novo restaurante do chef Pedro Artagão, no Leblon, antes de precisar dar uma pausa nesse tipo de programação. Chutei a dieta (minha endocrinologista Mirella Hansem que não me leia) e me fartei na fórmula entrada, principal e sobremesa. Comemos muito, muito bem.