Na véspera da minha viagem, passei uma hora no Skype com a consultora de enxoval Gisele Espirito Santo, da Baby’s Concierge, tirando dúvidas sobre a lista que recebi dela anteontem por e-mail. Ela, normalmente, agenda um encontro para falar tudo pessoalmente, mas eu estava sem tempo e deixei pra cuidar disso no meio do feriado. Sei que não devo perder a oportunidade de trazer o que for possível dos Estados Unidos, pois mesmo com um dólar batendo três reais ainda é tudo muito mais barato na América que no Brasil.
Ao percorrer a lista, fui me empolgando e me recuperando do desânimo geral de fazer as compras do bebê. Isso porque amo uma novidade, e essa indústria está sempre inventando. Adorei descobrir produtos e marcas dos quais nunca tinha ouvido falar.
E mesmo não sendo marinheira de viagem, tive palpitações e um pouco de angústia constatando o volume da tralha, a quantidade de itens teoricamente “necessários”. Muitos deles supérfluos, devo admitir.
Lembrei-me da vontade de sentar, chorar e fugir que senti ao entrar na Bye Bye Baby de Nova York (quando fui sozinha, em 2011, fazer as compras do enxoval do Felipe) e me deparar com uma parede inteira repleta de centenas de modelos de mamadeiras e chupetas. Uma sensação acachapante. Meu marido não podia me acompanhar, na época, e eu aproveitei uma data em que a minha mãe estaria na cidade a trabalho e o fato de a minha irmã estar morando por lá. Só que as duas trabalhavam o dia inteiro e eu acabei comprando quase tudo por minha conta.
Aliás, queimei meu filme para todo o sempre com ela e com meu cunhado, que receberam 70 pacotes na semana anterior à minha chegada. Eu havia adiantado tudo que podia pela Amazon, e como a empresa despacha itens de lugares diferentes, às vezes enviam caixas e caixas enormes com um artigo pequenino dentro. Em muitos hotéis, como em Miami e NY, nos últimos anos passaram a cobrar dos hóspedes de 5 a 10 dólares por pacote, uma medida extrema para tentar conter a compulsão dos brasileiros. Se for comprar on-line, procure fazer as compras num único dia para reduzir e concentrar as remessas.
Voltando ao marido, apesar de ter sentido falta da companhia dele em 2011, foi melhor ter ido sozinha. Não teria conseguido comprar metade das coisas. Ele é muito mais pé no chão e racional, não cai nos golpes de marketing nem se impressiona com embalagem e design. Nessa lista que recebi da Gisele, ele já cuidou de fazer uma revisão geral e cortou muita coisa.
Um dos produtos em que fiquei de olho e ele não admitiu comprar é um preparador de mamadeira como se fosse uma Nespresso: você insere o leite em pó num compartimento, a água em outro e o recipiente da mamadeira embaixo de uma torneira com misturador para que o líquido final saia perfeitamente homogêneo e a temperatura semelhante à do leite materno. A engenhoca se chama Baby Breeze. Ficarei na vontade…
Outro artigo que ele nem cogitou, e eu também estou na maior dúvida se vale a pena comprar, é o tal do Mamaroo, uma cadeirinha que balança e ajuda a ninar a criança. Me parece uma extravagância pelo pouco tempo de uso, mas a Gisele garantiu que com a filha dela é tiro e queda pra fazer dormir. Tenho muito medo de criar dependência, como em relatos que já ouvi de pessoas que precisam dar uma volta de carro, sair de carrinho pela rua à noite ou sacudir por meia hora o filho até ele conseguir dormir.
Uma mudança que pretendo fazer em função da consultoria recebida é experimentar uma nova marca de mamadeiras. As do Felipe sempre foram Avent, mas a Gisele falou maravilhas da Tommy Tipitee.
Nos próximos dias pretendo ir compartilhando aqui no blog minhas aquisições e algumas dicas da viagem, como a Baby Moon. Fiquem ligados!