Hoje foi meu aniversário. Completei 37 verões. Logo cedo, meu pequeno cantou parabéns em inglês e ajudou a soprar a velinha. Me encheu de alegria e orgulho! Depois de muitos beijos e abraços, fiz uma coisa que deveria ter me dado um pouco de culpa, mas confesso que não deu nenhuma. Despachei-o para passar o resto da semana com os meus sogros na casa da serra. Só pretendo subir no sábado, o que significa que tenho três noites inteiras de folga!
Um conselho para toda nora que pretende ter filhos: trate muito bem os seus sogros, especialmente a sogra, para gozar de benefícios como esse. Tem seu valor dormir sem a preocupação de que o Felipe pode me chamar a qualquer momento, não ter que preparar mamadeira às quatro da manhã, ignorar que a fralda noturna pode vazar, poder falar bem alto… Ressalto que sou louca por ele, porém, ainda assim, defendo que toda mulher merecia ter dois dias de folga de filho (e de marido) por mês. Em prol da sanidade!!!
No fim da manhã voltei ao consultório da minha obstetra, Juraci Ghiaroni, para realizar a consulta mensal. O protocolar intervalo, que na primeira gravidez eu considerava sagrado, hoje aconteceu com a distância de 45 dias, o que já foi um certo relapso da minha parte.
Antes de ser examinada, a gente sempre bate um papo, ela me pergunta como tenho passado e aproveito para tirar algumas dúvidas. Perguntei sobre vacinas e a orientação, por ora, foi tomar apenas a de gripe suína. Ela me passou pedidos de exame de sangue e vetou o Oxyboldine, um remédio francês que é minha salvação quando estou empanzinada. Quem conhece essa maravilha? É uma milagrosa pastilha de boldo efervescente que também ajuda a curar ressaca. Vale a pena encomendar para algum amigo de passagem pela França.
Quando a Juraci me pediu o resultado da ultrassonografia realizada na última sexta-feira, minha cara foi ao chão. Tive que admitir que esqueci. Mentira, esqueci nada, eu nem cheguei a lembrar do assunto… Ela teve que ligar pra CliniSul e pedir que o enviassem por e-mail. Um transtorno só.
Consegui escutar o coraçãozinho do bebê por meio de um aparelho de doppler e peguei um atestado médico para poder viajar, pois estou organizando uma ida a Califórnia com o meu marido logo após o Carnaval. A proposta é ter um tempo nosso antes do nascimento do bebê, realizar uma viagem romântica e também incluir as compras de enxoval. Algumas companhias aéreas podem impedir as grávidas, principalmente as mais barrigudas, de embarcar sem atestado médico, então não custa pegar um. Aliás, não é recomendável fazer longas excursões de avião no último trimestre.
Almocei com os meus dois irmãos e minha mãe no restaurante Bazzar e depois bati um pouco de perna com mummy por Ipanema, pois sou uma pessoa difícil e ela preferiu comprar o meu presente na minha presença. Não sei se o meu gosto pra moda está cada dia pior, o meu bolso menor ou o calor, insuportável, só sei que fui ficando de mau humor e querendo resolver logo a parada. Escolhi o primeiro vestido da loja Cavendish que entrou decente, mesmo sabendo que daqui a trinta dias ele provavelmente não caberá mais.
Chegando em casa, ainda tive forças para botar o maiô, o famoso roupão roxo, atravessar a rua e encarar uma aula de hidroginástica na Bella Gestante. Ter ouvido da médica que só engordei 700 gramas em 45 dias me fez desconfiar de que o equipamento estava quebrado, mas, cá no íntimo, deu um gás a mais, vontade de segurar a peteca. Ir à academia no dia do meu aniversário seria um programa impensável em circunstâncias normais.
Jantei tête-à-tête com o Joaquim no novo restaurante Casa Vieira Souto, que foi todo reformulado e inaugurou sexta-feira passada. A casa passou a ter no comando o restaurateur e crítico de vinhos Alexandre Lalas e a chef Luciana Plaas, amigos talentosos e queridos, que nos receberam com pompa e circunstância.
É quase meia-noite, preciso postar. Chega de blá-blá-blá.