Ontem, na minha aula de hidroginástica na Bella Gestante, as duas mães que estavam comigo na piscina debatiam a questão creche x babá, e eu logo pensei que esse poderia ser um bom tema para abordar aqui no blog. O grande dilema é o que fazer ao acabar a licença-maternidade: colocar o bebê numa creche ou deixar em casa com uma cuidadora?
Na creche as mães acreditam que o bebê vai receber mais estímulos e interagir com outros bebês, por isso ficam mais confiantes. Formar um laço afetivo com uma cuidadora leva tempo e quando chega a hora de tomar essa decisão muitas ainda não se sentem seguras. Mesmo trabalhando de casa, sempre tive câmera de filmar no quarto do Felipe, do tipo que eu conseguia acessar pelo celular se estava na rua. Posso imaginar a angústia que as mães que trabalham fora o dia inteiro sentem ao retornar ao trabalho em tempo integral, após a licença. Quando o meu filho era bem pequeno, entrava diversas vezes no celular para dar um confere. Com o tempo fui esquecendo o assunto e hoje em dia entro raramente, mais para matar as saudades e saber se ele já está dormindo do que para bisbilhotar a babá.
Na creche, por outro lado, o bebê fica mais suscetível a pegar doenças, gripes e resfriados, outra ponderação importante. E se isso acontece, qual o plano B? Você falta ao trabalho, mesmo que ele fique enfermo por vários dias? Dispõe de avós ou parentes que podem segurar a peteca? Nesse ponto, quem não tem retaguarda e opta pela babá fica mais amparado.
O valor da creche integral, na maioria das vezes, é mais alto que o salário de uma babá, porque em nossa primeira análise não computamos os encargos e outros custos da casa que aumentam consideravelmente com a presença de mais um adulto. Por outro lado, a vantagem é que a babá além de cuidar do neném, pode lavar e passar as roupas, limpar o quarto e preparar a comida. Ter as duas opções seria o ideal: deixar o bebê na creche por meio período, tempo em que a babá cuidaria desses afazeres e descansaria um pouco. Mas, infelizmente, esse arranjo é financeiramente inviável para a maioria das famílias.
Encontrar uma creche que tenha a carga horária necessária para atender à necessidade dos pais também não é fácil, muitas encerram o expediente às 18 horas, o que é impraticável para quem trabalha longe e precisa contar com a incógnita do trânsito na cidade.
Vocês enfrentam esse dilema? Podem ajudar a listar mais prós e contras de cada escolha?
PS: Tive um pesadelo horrível esta noite. Sonhei que levava o Felipe e o Lucas, recém-nascido, para o clube pela manhã, deixava-os lá e voltava à tarde. Mas recolhia apenas o Felipe, sem maldade, por puro esquecimento da existência do caçula. Só percebia a falta do bebê por volta das 18 horas e, ao pegá-lo de volta, encontrava o Lucas com hipoglicemia e hipotônico por ter ficado tantas horas sem mamar. O primeiro instinto foi oferecer o peito, mas aquele leite em abundância, depois de tantas horas de jejum, foi demais pra ele, que colocou tudo pra fora, mais ou menos como descrevi ontem que costumava acontecer com o Felipe na vida real. Tô achando curioso que eu tenha ficado impressionada com o meu próprio texto… E me culpando de ter esquecido o bebê. Ainda no sonho, o médico que nos atendia em seguida era enfático em dizer que eu precisaria de ajuda psiquiátrica pois tinha colocado em risco a vida do meu filho. Quem for bom de interpretar sonhos pode me ajudar e analisar o que significou esse daí?