Ontem fiquei tão ensimesmada que esqueci de falar da reação do Joaquim com a notícia de que tem o terceiro filho homem a caminho. Além do Felipe, ele também é pai de João Carlos, um homem feito de 18 anos e um enteado muito querido. Ao contrário de mim, que fiz planos e previsões, o Joaquim não tinha uma preferência clara sobre o sexo. Ser pai outra vez é o que o emociona e ele ficou muito contente com a notícia. E, de certo modo, aliviado, achando mais prático e fácil andar numa estrada já percorrida…
Hoje também foi um dia importante. No fim da tarde, fui com o Joaquim fazer o exame de translucência nucal na CliniSul, com o dr. Sérgio Simões. Estou com apenas 11 semanas, e o comum é realizar o exame com 12, mas como a clínica vai entrar em recesso do próximo dia 18 até janeiro, e eu não queria ter de fazer esse exame em outro lugar nem com outro médico, antecipei a marcação.
Levamos o Felipe junto, pois achei que estava na hora de ele se envolver mais com o bebê e, principalmente, respeitar a minha barriga (ele ainda acha que pode pular e subir em cima como bem entende). O que mais fascinou o meu pequeno foi escutar o coração do bebê. Ele pedia que o dr. Sérgio colocasse o áudio de novo e de novo e perguntava se o neném estava “saindo”. Uma fofura! E pensar que eu estive tantas vezes ali, naquela mesma sala, há três anos e meio, examinando o embrião desse menino falante e esperto que se tornaria a maior alegria da minha vida! Foi muito emocionante.
Fiquei surpresa de conseguir ver os bracinhos e perninhas do bebê se movimentando. Deu pra ver até o pinto! Ficamos muito felizes e serenos, um privilégio de segunda gravidez.
O fato de ter feito o NIPT e recebido o resultado ontem me deu uma tranquilidade enorme para fazer esse exame de hoje. Coisa que não tive na primeira gestação, quando saí da translucência arrasada com o índice da medida da nuca ligeiramente acima do limite. Na época, isso me levou a optar por uma amniocentese e ter a angústia prolongada até as 16 semanas, quando finalmente recebi o resultado descartando os riscos de síndromes graves.
Se alguém aqui está considerando fazer o NIPT, recomendo fortemente que o faça com nove semanas, que não deixe para depois. A grande vantagem está em obter o resultado em mãos cedo, até mesmo antes do de translucência. Faz toda a diferença. Como fez comigo hoje. Os batimentos cardíacos do bebê marcaram um pouco acima do normal. Com isso, o risco para trissomia 13 dobrou. Mas como bem disse o dr. Sérgio, esse exame realizado por ele é apenas um sinal amarelo. Já o NIPT é um diagnóstico mais preciso. Se eu não tivesse o resultado do NIPT em mãos, que marcou risco menor do que 1 em 10 mil, provavelmente teria saído de lá muito preocupada.
Outra coisa curiosa que relembrei hoje é que tenho o útero retroverso. Ele é voltado para a região posterior do corpo. Estima-se que entre 15% e 25% das mulheres têm o útero assim. Só descobri isso quando estava grávida do Felipe, então não fiquei preocupada. Ter o útero invertido não é condição que impeça a gravidez. Mas se será difícil engravidar só pode ser determinado por meio de exames clínicos e de imagem.