Recebi de uma amiga o link para um vídeo hilário que estereotipa dois tipos de mãe: a neurótica com limpeza e segurança e a desencanada.
Me reconheci em vários momentos e percebi como fui mudando de postura com o passar do tempo. As amigas experientes falavam muito da importância da vitamina S (S de sujeira), mas só fui relaxando ao ver que o Felipe estava crescendo forte. Tenho certeza de que vou ser bem menos fresca com o Lucas, mas estaria mentindo se dissesse que virei zen.
Dei banho até um mês e meio com água filtrada e fervida. Comprei um galão de cinco litros na Lider dos Plásticos para poder armazenar essa água tratada e não ter que ferver a cada banho. E para chegar na temperatura ideal fervia apenas uma chaleira na hora. Hoje em dia o Felipe toma banho de tanque e de mangueira, e o Lucas provavelmente vai parar no chuveiro assim que cair o cordão umbilical.
Cogitei seriamente adquirir um capacete. Comprei uma joelheira imaginando que no dia em que o Felipe começasse a engatinhar precisaria de proteção nos joelhos (nunca usei). Hoje meu investimento vai direto para antissépticos e band-aids resistentes; nada de L’Occitane ou Granado. O sabonete líquido que coloquei nos cômodos da casa, na pia da cozinha e até no tanque, para estimular que todos lavassem as mãos com mais frequência que o habitual, foi o mais bactericida possível, das marcas Dettol, Protex ou Lifebuoy. Adquiri em loja de material hospitalar máscaras para oferecer a qualquer pessoa com suspeita de resfriado. Era condição para se aproximar do Felipe
(acho que essa neura permanecerá e garanto que pode ser útil em uma situação em que a mãe e pai estejam gripados).
Pedi aos avós e às pessoas da casa que tomassem vacina contra coqueluche. Teve uma determinada manhã que minha sala de estar parecia posto de saúde, pois eu havia agendada com a clínica para irem vacinar em casa. Nada me deixava mais histérica do que as pessoas na rua pegando na mão do meu bebê. Ninguém lembra que o neném leva a mão à boca toda hora???
Instalei protetores de tomada em todos os orifícios que ele pudesse alcançar. Hoje não me preocupo mais, a maioria já saiu fora e acho que se ele tomasse um pequeno choque não seria de todo mal para aprender uma lição. Mas, atenção: recebi um desses e-mails virais falando de um bebê que teve uma parada cardíaca porque enfiou a extremidade de metal do carregador de celular na boca. Isso me deixou bem preocupada…
Encerro o post lembrando psicologias infantis de choque: mães que pegaram um ovo e outras um tomate, levaram os filhos pra janela e mostraram o que acontece com a cabeça da criança que pula… E teve outra que aqueceu uma panela com água a ponto de assustar sem queimar e a encostou na mão da filha. Você teria coragem de fazer o mesmo?
Clique na imagem para assistir o vídeo: