Dicas de São Francisco

Estou muito feliz por ter escolhido um roteiro alternativo para viajar com o maridão e ainda aproveitar para fazer as compras do enxoval do bebê. Já passamos da metade da estadia e até aqui correu tudo muito bem. Não senti nenhum incômodo maior e o cansaço não atrapalhou nenhum dos nossos planos. Estou tendo energia para andar bastante a pé e ainda ganho atenção especial do Joaquim, que carrega a minha bolsa na maior parte do tempo, me oferece água regularmente, pergunta de tempos em tempos se preciso parar para ir ao banheiro… Um lorde!

Estou concluindo que viajar grávida tem suas vantagens. Sem falar que as lojas que normalmente me deixariam ansiosa para consumir nem oferecem tentação. Comprar roupa que não vou poder usar durante quase um ano não faz muito sentido. Nem sapato vale a pena, porque o meu pé ficou tão inchado na primeira gravidez que aumentei um número em definitivo, então agora tenho de esperar pra ver…

Até o momento só consegui comprar uma calça de gestante e uma blusa dentro do departamento Maternity da Macy’s e mais uma camisa jeans na GAP, que também tem uma seção de Maternidade. Tudo muito básico e sem graça, tons neutros… Para dar mais bossa na produção, o ideal seria ter paciência de buscar modelagens mais largas em tamanhos maiores nas lojas normais, mas estou com preguiça de fazer isso. Quanto ao enxoval, adiantei muitas coisas do bebê pela Amazon, que foram entregues no Mandarin Oriental, hotel onde estava hospedada.

Hoje vou relatar apenas os programas imperdíveis que fiz em São Francisco:

. Visitar o Ferry Building, onde ficam restaurantes bacanas e um mercado de comida com várias lojinhas charmosas que vendem de pão, azeite e chocolate a cerâmicas.

. Se o dia estiver bonito, passear pelos jardins do museu M.H. de Young e do California Academy of Sciences, projeto de Renzo Piano. Um fica em frente ao outro. Entrei no de Young para ver o acervo, que não impressiona, ao contrário do prédio, um ousado projeto de arquitetura da dupla Herzog & De Meuron. O ideal é dar a sorte de ter uma exposição temporária rolando durante a sua estadia.

Cruzar a Golden Gate para uma foto clássica e, se tiver tempo, almoçar em Sausalito. Já tinha feito esse programa completo em 2009, por isso fui até lá dessa vez apenas para tirar a foto.

O Fisherman’s Wharf é um programa mega pega turista, mas vale dar uma volta e comer num dos quiosques a clássica sopa de moluscos, clam showder, servida dentro de um pão. Depois, seguir a pé até o Ghirardelli Square, que tem uma loja enorme da famosa fábrica de chocolates e várias outras lojinhas bacanas. De lá dá pra pegar o cable car e viver a experiência de dar umas voltinhas de bondinho subindo e descendo as ladeiras. Em Ghirardelli Square o ponto é final, por isso mais cheio, então prepare-se para, eventualmente, encarar uma fila.

Chinatown não me encantou muito, achei a qualidade dos suvenires nas diversas lojinhas muito ruim e não dei sorte de conseguir vaga para almoçar no restaurante R&G Lounge, superrecomendado por amigos que comeram o pato laqueado da casa.

Percorrer a pé a Hayes Valley, considerada a rua e a redondeza mais cool da cidade. Lá tem um mini food park, não em trucks, mas em containers, como o do delicioso Smitten Ice Cream, sorvete feito na hora com sabores do dia e nitrogênio líquido. A ótica do Warby Parker, designer de São Francisco, com modelos superdescolados na faixa de USD 100 também vale demais a visita.

Compras de marcas mais conhecidas em geral acontecem nas redondezas do Union Square, onde fica também a loja da Apple.

Dedicamos um dia inteiro para ir de carro até Napa Valley, onde visitamos duas vinícolas: Beringer e Opus One. A Rubicon (do Francis Ford Coppola) e Robert Mondavi eu já conhecia, mas valeu a pena incluir no roteiro. Paramos para um almoço leve na delicatessen Dean & Deluca e jantamos cedo no Bouchon, do Thomas Keller, antes de pegar a estrada. Só tomei uma microprovinha do Opus One, considerado um ícone americano, porque ninguém é de ferro. Infelizmente, o outro estrelado restaurante do chef Thomas, o French Laundry, estava fechado para reforma. Na volta, não resisti e pedi ao Joaquim que parasse num mini Premium Outlet de Napa para eu comprar algumas roupas pro baby e pro Felipe na Gymboree e na Jannie & Jack.

Os restaurantes que recomendo são: em primeiríssimo lugar o grego Kokkari. Café da manhã no Café de La Presse e jantar despretensioso no Cotogna. Tivemos também uma refeição feliz no Boulevard. O Coi, superestrelado, não vale o investimento.

O Zuni Café, do qual me falaram maravilhas, não achei nada demais.

Estou a caminho de Santa Barbara, tendo passado duas noites em Carmel. Depois escrevo contando mais detalhes do resto da viagem…

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