Decolagem e pouso

Segui as recomendações da minha obstetra durante o voo. Viajei com uma meia compressora, levantei e caminhei umas três vezes pelo corredor e me contive para não tomar um Stylnox, remedinho pra dormir.
Não faço uso dele em casa, mas pra viajar ele é muito bem-vindo.

A dra. Juraci me explicou que existe uma classificação para os medicamentos de A a D, sendo o A totalmente liberado para gestantes e o D, proibido. O Stilnox encontra-se na categoria C. No entanto, quando descobri que um simples Luftal está em sua companhia, não achei tão preocupante tomar um único comprimido, ou uma meiota, apesar de ela ter sugerido que o melhor seria evitar.

Trouxe comigo um documento assinado pela obstetra atestando que estou apta a viajar em cabine pressurizada e informando as semanas de gestação. Não precisei apresentá-lo no Galeão, mas acho prudente toda grávida ter um atestado desses consigo, especialmente quando a barriga estiver grande.

A farmacinha da viagem foi a menor que já fiz na vida, uma vez que grávida não pode tomar muita coisa nem deve se automedicar. Trouxe a vitamina e os suplementos que estou tomando regularmente e mais Cefalexina, para uma eventual infecção urinária; Ultragestan, no caso de contração ou sangramento; Tylenol; pastilhas antiácidas; e o antialérgico Claritin. Espero não precisar usar nada disso.

Por prevenção, contratei com a Formula Turismo um seguro de saúde, algo essencial, a meu ver, e que não se deve negligenciar. Tenho uma amiga que foi parar num Pronto-Socorro com a filha por conta de uma febre alta e desmaios na Disney e a fatura foi de quase dez mil dólares, pois ela não tinha plano. Graças a Deus, a criança não teve nada grave, só que precisou ser submetida a vários exames. Para não tomar um susto desses, prefiro sempre pagar a cobertura. O valor cobrado pela seguradora Coris April para 14 dias de viagem é de 300 dólares por casal, mais 50 dólares de benefício opcional para gestante.

Para tornar o voo mais tranquilo, viajo carregando um travesseiro compacto, muito macio e com fronha de muitos fios. Não é aquela almofada meia-lua vendida em todo aeroporto, é um travesseiro mesmo, que ocupa 1/4 da minha mala de mão, mas do qual não abro mão. Sempre procuro sentar na janela para poder apoiar a cabeça. Além disso, uso um xale, uma meia bem felpuda (que pus por cima da meia compressora) e, dependendo do grau de dificuldade de calçar o sapato escolhido, uma sapatilha bem leve e larga para usar a bordo, pois tenho nojo de andar só de meia ou descalça. Pra me distrair, alguma leitura, que pode ser um livro não muito pesado ou revistas. Sempre digo que vou adiantar o trabalho, mas me dá uma preguiça de ligar o computador…

O primeiro trecho da viagem foi ótimo. Demos a sorte de sentar numa fileira de três lugares sem ninguém no meio, então deu pra me esticar.

Já a conexão foi um pouco penosa. Depois de um voo de nove horas e meia até Houston, pegamos outro avião até São Francisco que levou mais quase cinco horas. O fuso daqui para o Brasil agora é de seis horas, e isso te desregula completamente.

Acabo de chegar no hotel Mandarin Oriental e que vista feia essa do meu quarto… Beijos e até amanhã!

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