Hoje fui visitar uma amiga que teve filha na semana passada e tomei um susto quando me dei conta de como os bebês nascem pequenos. Acostumada com os 15 quilos do Felipe, já tinha me esquecido do tamanho de uma fralda RN, que praticamente cabe na palma da mão. Fiquei imaginando como será pegar no colo o meu pacotinho, tão leve, daqui a seis meses!
Literalmente, me convidei para ir à casa dela porque não tive oportunidade de visitá-la na maternidade, mas ela é uma amiga com a qual tenho bastante intimidade, do tipo que poderia me dizer “não venha” sem cerimônia.
Saí de lá pensando em como seria prático se cada gestante pudesse, ao comunicar o parto, divulgar seu código de conduta particular sobre como devem se dar as visitas. Apesar de ter recebido poucas no hospital por conta do Felipe ter sido internado imediatamente na UTI, compilei aqui as minhas principais queixas e as de outras mães que desabafaram comigo.
Quem pode me ajudar a completar a lista? Gloria Kalil está por aí?
- O ideal é fazer a visita enquanto mãe e bebê ainda estão na maternidade, eufóricos e contando com estrutura ao redor.
- Recomendo fortemente a quem não é parente nem padrinho que espere pelo segundo dia. O primeiro dia é muito confuso, tem soro e sonda envolvidos e a expectativa pelo início da amamentação.
- Esperar no mínimo 12 horas após o parto se for alguém da família que não pai e mãe. A mãe quer pelo menos tomar um banho, botar uma camisola bacana, passar um corretivo…
- Lave a mão na frente da mãe ou mencione que acaba de fazê-lo e ainda peça para passar o álcool gel se ela tiver um no quarto.
- Jamais, em hipótese alguma, uma visita deve segurar na mão do bebê. Lembre-se de que o bebê coloca a mão na boca o tempo todo.
- Sentiu que vai rolar peito? Vaza. Amamentar com gente no quarto é constrangedor e gera ansiedade na mãe, que pode não performar tão bem e ficar aflita com julgamentos.
- Esqueça aparecer tarde da noite; 19h está de bom tamanho. Por outro lado, pode madrugar na maternidade porque as mães mal dormem e acordam bem cedo.
- Escreva qualquer bobagem, mas não deixe de escrever no livro de assinaturas e dedicatórias. Se a mãe fez questão de ter um, dê seu autógrafo.
- Visitas na maternidade devem durar no máximo 30 minutos.
- Só leve seu filho pequeno junto se não tiver alternativa. O que as mães mais temem, principalmente as de primeira viagem, é que uma criança mais velha traga germes ao ambiente.
- Flores são lindas, mas não combinam com quarto de hospital. O cheiro forte impregna e elas acabam sendo armazenadas no corredor.
- A convenção de esperar o primeiro mês passar para visitar em casa não precisa ser seguida ao pé da letra. É só ter o cuidado de perguntar antes qual o melhor dia e horário para aparecer. Uma visitinha ou outra a partir da segunda semana pode fazer muito bem para distrair a mãe. O pai já voltou a trabalhar e ela pode estar enlouquecendo com o confinamento…