A entrega da chupeta ao Papai Noel

Hoje gostaria de dividir com vocês uma conquista. Se vai durar eu não sei, mas já tenho motivos para comemorar. Há uma semana, no sábado passado, fui com o Joaquim e o Felipe ao Fashion Mall e coloquei em prática um plano que estava matutando há dias na minha cabeça, desde que a dentista e o pediatra do meu filho alertaram sobre as consequências do uso da chupeta após os três anos de idade.

Fomos a uma loja de brinquedos fazer compras de Natal e ele se encantou com uma pista do trenzinho Thomas. Aproveitei a deixa para negociar se ele gostaria de ganhar aquele presente com a condição de entregar sua chupeta ao Papai Noel. Movido pelo interesse momentâneo e acreditando se tratar de apenas uma, a que carregávamos conosco, ele nos deu um “fechado”. Nos dirigimos ao bom velhinho do shopping e o Felipe, “voluntariamente”, entregou sua chucha. Tirou até foto (reparem no Papai Noel balançando o acessório com a mão direita).

Quando chegamos em casa pedi pro Joaquim distrair a criança enquanto eu me ocupava de fazer uma varredura pelas outras chupetas. Mantive o “mimi”, uma fralda de pano com a qual ele dorme abraçado e fica esfregando no rosto, pois seria muita crueldade promover duas grandes perdas. O “mimi” eu considero inofensivo, já que são várias fraldas lavadas diariamente. Não são como aqueles soninhos inseparáveis e encardidos – aliás, segue aqui um conselho: escolham um objeto de afeto de fácil reposição e lavável. Esses dias vi uma mãe desesperada aqui no Facebook atrás de alguém que pudesse fazer uma cópia fiel de uma estrupiada boneca de pano, sem a qual a filha dela não ia nem na esquina.

Na primeira noite ele não reclamou da ausência da chupeta, mas na segunda já deu sinais claros de arrependimento. Durante a semana, em vários momentos, pediu a mim, ao pai e à babá que o levasse no shopping para poder “pedir ao Papai Noel minha chupeta de volta”. Nessas horas o coração aperta, mas sigo determinada. Outro forte motivo para não voltar atrás está no fato de que vem um irmão ou irmã no ano que vem, mas o evento ainda não está tão próximo a ponto de afetar o processo. Dizem que quanto mais perto desse acontecimento, mais difícil e sofrido é para a criança.

Quem já tem filho pode me contar como foi na sua casa o processo de largar a chupeta?

 

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