Pra quem não gosta de suspense

shutterstock_173215550

 

Cheguei nas oito semanas, quando é possível fazer um exame de sangue chamado sexagem fetal para determinar o sexo do bebê. Na primeira gravidez fiz esse exame e me lembro perfeitamente do dia em que fiquei sabendo que esperava um menino. Estava trabalhando na redação da Go Where Rio e entrei no site do laboratório Sergio Franco para pegar o resultado on-line. Ainda não tinha contado para o Norberto Busto, dono da revista, que estava grávida, pois queria esperar passar o primeiro trimestre para ter certeza de que estava tudo bem. Então, tive que conter minha excitação perante os colegas.

Desta vez não vou fazer o exame, pois semana que vem farei o Nipt, um outro teste mais completo que detecta doenças cromossômicas e ainda aponta o sexo do bebê. Como nenhum dos dois exames é coberto pelos planos de saúde, achei que não valia a pena gastar duas vezes (apesar da sexagem ser bem mais barata) se o intervalo de espera pelo resultado vai ser menor do que duas semanas. Mas super-recomendo fazer a sexagem fetal se você estiver grávida e não for fazer o Nipt. Saber o quanto antes o sexo do bebê traz muitas vantagens. Faz com que a gente comece a sonhar com aquele universo, possa se aprofundar na decisão do nome etc.

Liguei para o Sergio Franco, o Richet e o Bronstein, a título de curiosidade, e o Bronstein tem hoje o melhor preço, caso alguém aqui esteja pensando em fazer (custa R$ 374 na unidade de Botafogo). Mas existe um porém. O exame é muito preciso na descoberta pelo sexo masculino, pois busca uma região do DNA específica para homens. Desde o início da gravidez, existem células do feto circulando na corrente sanguínea da mãe. Na análise laboratorial do sangue materno é feita a busca do cromossomo Y, que, se for encontrado, determina um menino, do contrário, menina.

A porcentagem de sucesso gira em torno de 99%. Quem recebeu transfusão de sangue ou transplante de um órgão de homem possivelmente já tem no sangue o cromossomo Y. Hiperovulação e/ou fertilização in vitro também podem comprometer o resultado. E se o exame for feito muito cedo, pode não detectar a quantidade muito pequena de DNA fetal no plasma materno no momento da coleta.

Ontem mesmo fiquei sabendo por uma amiga que uma conhecida dela fez a sexagem com 12 semanas e o resultado deu menino, enquanto a obstetra, observando pelo ultrassom, afirmou ser uma menina. Ela agora provavelmente vai esperar a gravidez avançar ou repetir o exame para saber, de fato, o que está esperando. Será que o laboratório devolve o dinheiro nos casos de resultados equivocados?

Alguém aqui caiu na margem de erro?