Hoje me senti passando por uma revisão em concessionária, trocando o óleo e alinhando os pneus. Fui à endocrinologista, dentista e obstetra, tudo na mesma manhã. Mas, apesar da manutenção, dei defeito antes de voltar pra casa. Fui a uma festa na Animasom do Fashion Mall no fim do dia e entreguei a uma aniversariante de dois aninhos uma sacola contendo uma sapatilha tamanho 37. Só atinei na metade do caminho de volta pra casa.
Isso é que dá falar ao telefone enquanto se tomam outras providências… Distraidamente, apanhei a sacola errada no banco de trás do carro e ainda escrevi o nome do meu filho no de/para da embalagem do presente. A mãe vai achar que enlouqueci…Também, pudera! Estava na rua desde as oito da manhã e a minha gasolina já entrara na reserva. Deve ser sério o tal lance que dizem sobre grávidas terem formação de edemas no cérebro.
Meu dia começou no consultório da dra. Mirella Hansen de Almeida, endocrinologista que está acompanhando minha diabetes gestacional. Entreguei, orgulhosa, uma folhinha impressa com as minhas taxas, compilando as seis medições de glicose diárias dos últimos 15 dias. Tive progresso na última semana, mas ela ainda está preocupada com alguns picos aleatórios e disse que assim que tiver o resultado da ultra com o peso estimado do bebê vai definir se devo ou não tomar algumas doses de insulina em regime de SOS. E determinou que a partir de 36 semanas, quando entro na reta final, nos encontraremos semanalmente.
De lá segui para o consultório da dentista, dra. Ciça Ozório Simões Lopes, que tinha me recebido em janeiro e me recomendou realizar outra limpeza por agora. Não apresentei mais o sangramento que tive no início da gestação, fruto do que os médicos chamam de gengivite gravídica, e a análise geral foi bem positiva. Talvez consequência de estar usando o passa fio e as práticas escovinhas interdentais do Dr. Veit Produtos Oral Care com mais regularidade. Batemos um papo ótimo sobre higienização da boca do bebê. Relembrei a experiência com o Felipe e aprendi outras coisas úteis. Mas vou deixar para detalhar isso num outro post ainda esta semana.
A última e mais aguardada consulta foi com a minha obstetra, Juraci Ghiaroni. Tanta coisa passou pela minha cabeça desde a nossa última consulta que precisava ter uma conversa muito franca.
Como já contei aqui, conheci recentemente, numa ocasião social, um grupo multidisciplinar formado por médicos, pediatras e enfermeiros que defendem um parto mais humanizado. A proposta de trabalho é a de menor intervenção possível em cada caso. Isso não significa não intervir, não usar remédios, e sim que esses recursos só serão utilizados se realmente for necessário, deixando que o processo do parto ocorra naturalmente, respeitando-se o tempo biológico de cada paciente.
Voltei encantada com a turma e com o discurso, mas fui tentar agendar uma consulta com duas das médicas que conheci pessoalmente para aprofundar o papo e não tive sucesso. A secretária da primeira me informou que ela não tinha vaga para novas grávidas na data prevista do meu parto e a outra sequer me retornou. Tentei uma terceira, que também não tinha disponibilidade. Fiquei decepcionada e desisti.
Hoje eu disse com todas as letras pra Juraci que tinha hesitações e detalhei como gostaria que fosse o meu parto. Ela achou minha lista de “exigências” totalmente viável, mas brincou que se eu quisesse um médico que “conversasse com a vagina” ou que mandasse os outros médicos e o pai da criança “sussurrarem na sala de parto à meia-luz”, que ficasse à vontade para procurar outra equipe.
Não é o caso. Minha lista de desejos é curta. Começa por tentar outro parto normal, não fazer episiotomia, tomar uma dose mínima ou eventualmente nem tomar anestesia e dispensar a manobra de Kristeller. Isso pra mim já tá bacana. Por conta da diabetes gestacional, ela pontuou apenas que não devemos deixar passar de 40 semanas.
O grand finale foi a pesagem. Emagreci 200 gramas, tendo engordado em 32 semanas e meia apenas 6,3kg. Me senti recompensada por todo o sacrifício do último mês.