Ainda tenho dificuldade em acreditar que mereço receber pelo Dia das Mães a mesma homenagem que sempre rendi à minha mãe, Katia. Talvez por me ver engatinhando no papel de mãe perto do que ela viveu para criar seus três filhos. Lá se foram 37 anos de desenhos e trabalhinhos preparados na escola com esmero e, depois, presentes comprados com o dinheiro do papai, até ter minha independência financeira e passar a assumir eu mesma as lembrancinhas, que foram ficando mais parrudas com os anos… apesar de ela nunca dar importância para bens materiais e sempre frisar que um “cartão inspirado” vale mais do que qualquer presente.
Com o nascimento do Felipe, mamãe passou a me proporcionar a mesma alegria, sempre pontuando o orgulho e o amor que sente pela filha e pelo neto. Compreendi então o poder desse gesto. Espero conseguir transmitir isso ao Felipe e ao Lucas.
Ao contrário de mim, ela é uma pessoa reservada e provavelmente não vai gostar muito de ver que estou compartilhando aqui o cartão que me escreveu hoje e me deu junto com um lindo presente (talvez influenciada pela palestra de ontem da Françoise Quintanilha Padula, sobre sexualidade, durante o chá de fraldas do Lucas): um conjunto de camisola e robe muito feminino, de seda e renda, para que eu não deixe a vaidade de lado durante os cansativos primeiros meses de vida do bebê.
“Amados netos Felipe e Lucas,
Vocês são a linda razão de minha filha e primogênita Antonia, minha cúmplice, amiga, apoio e inspiração, ser festejada hoje e viver a plenitude de ser mãe.
Felipe, você já enche de alegria nossos corações e daqui a pouco, com a bênção de Deus, chegará Lucas, para formarem uma dupla do barulho.
Que sejam para sua mãe a mesma força vital que ela representa para mim, trazendo a cada dia um motivo para sorrir e agradecer.
Amo vocês!
Feliz dia das mães 2015, Tonica!
Mummy”
Me emocionei com o cartão e continuo achando que não mereço tanto… Assim como não creio que em breve vou poder encher a boca e pronunciar “meus filhos”, duas palavrinhas tão poderosas quando andam juntas.
E, por falar em cartão, quem leu o livro Grito de guerra da mãe tigre? Não me esqueço da passagem em que a rígida mãe, de origem asiática, devolve pra filha um cartão de aniversário por achar que ele tinha sido feito às pressas e sem nenhum capricho. Que ela merecia mais. Uma postura muito dura, mas cheia de razão e lição…
Hoje, Dia das Mães, não posso deixar de mencionar minha sogra, Ana Lucia Saboia, que me recebeu em sua família como uma filha. E que se preocupa muito comigo. Só pra dar um pequeno exemplo desse carinho e dessa generosidade, desde que descobri que estou com diabetes gestacional, toda semana ela tem vindo preparar algumas receitas saudáveis em minha casa.
Encerro o post de hoje compartilhando um vídeo antigo que circula pela internet, que espero ainda seja novidade para alguns de vocês, e que melhor traduz pra mim a força que tem uma mãe de família. Uma entrevista para o emprego mais difícil do mundo: