Há males que vêm para o bem. Já emagreci mais de um quilo desde que comecei a dieta de controle do meu índice glicêmico. Ontem, porém, foi o dia de maior provação: resistir a uma farta mesa de brigadeiros e a um bolo de chocolate com doce de leite na comemoração de aniversário de um priminho. A minha salvação foi ter levado um biscoito de chocolate diet na bolsa, já prevendo que a tortura poderia acontecer.
Se tudo correr tão bem como foi a última semana, não vou precisar recorrer ao bisavô Ranulpho. Ou, talvez, seja melhor agir rápido, afinal, vejam como a minha pele já está ficando marcada. Deixe-me explicar:
Na gravidez do Felipe, em 2011, mais ou menos na mesma altura da contagem de semanas de agora, minha aliança começou a ficar apertada devido ao inchaço geral. Foi piorando, piorando, a ponto de provocar uma ferida na pele.
Chateada em ter de andar sem aliança, tive a ideia de buscar nas joias da minha mãe a que ela usava quando ainda era casada com o meu pai. A dela não serviu, mas achei outra que ficou perfeita e parecia muito com a minha original. Era a aliança que pertencia à minha falecida bisavó, que tinha no interior gravado o nome do marido, o bisavô Ranulpho, que, infelizmente, não cheguei a conhecer.
Fiquei feliz com a solução temporária, mas arrepiada com uma coincidência: quando olhei a data no anel, constatei que estava encontrando a jóia exatamente no mesmo dia em que eles se casaram, 30 de agosto de 1919, só que 92 anos depois. Voltei pra casa e tentei convencer o Joaquim de que nosso filho deveria se chamar Ranulpho. Não colou…
É muito comum isso acontecer com as grávidas, e muitas não se dão conta do mal que estão fazendo para a circulação do dedo até ser tarde demais pra tirar. Quando nem sabonete nem vaselina dão jeito. Às vezes a aliança está boa no lugar, mas não passa mais nas juntas, que incharam demais. Já ouvi histórias de pessoas que tiveram que, literalmente, serrar a aliança pra conseguir removê-lo do dedo. Alguém aqui passou por isso? Dizem, inclusive, que, nos centros cirúrgicos, principalmente nos partos cesárea, a gestante não deve entrar com joias. Sabem dizer se essa informação procede?
Então, o meu recado hoje é para que vocês fiquem atentas para a facilidade de tirar alianças e outros anéis. Boa noite!
PS: Antes que me perguntem qual a cor do meu esmalte, se chama Ava e é da Granado. A aliança de casamento é da Natan e a de brilhante do Antonio Bernardo, presente do Joaquim quando o Felipe nasceu.
