Mais exames e novas tecnologias

Hoje amanheci no consultório da endocrinologista Mirella Hansen para traçar metas e debater sobre o novo programa alimentar que a nutricionista Duda Guaraná me entregou na segunda-feira, a partir do meu quadro de diabetes. Vou ter que seguir furando o dedo seis vezes por dia e anotando os resultados até retornar ao consultório, em duas semanas. Alguns aprendizados sobre esse mundo novo: há dedos mais vascularizados que outros, especialmente as laterais. A parte gordinha da palma da mão, os dedos dos pés (ainda não testei) e o antebraço interno também servem para coletar sangue para a medição de glicose.

No primeiro dia fiz o controle contando uma hora após terminar a refeição, o que estava errado. O certo é marcar o tempo de uma hora a partir da primeira garfada, pois o processo de digestão começa aí. Também entendi que posso usar a mesma lanceta para furar de novo a pele, caso não consiga extrair sangue suficiente. Estou me policiando para sair sempre com um snack na bolsa para não deixar de comer algo nos intervalos ideais se ficar presa num compromisso. O excesso de açúcar é ruim, mas a falta dele também, o que é chamado de hipoglicemia.

No meio da tarde fui à CliniSul fazer uns exames de rotina do terceiro trimestre. O primeiro foi a Dopperfluxometria, com a dra. Therezinha Almeida, para avaliar as artérias uterinas, umbilicais e carótidas. Depois, com o dr. Sérgio Simões, fiz uma ultrassonografia para estudo da gestação, estimativa do peso fetal e avaliação do volume de líquido amniótico. Estava apreensiva quanto a esses exames, que poderiam mostrar um ganho de peso excessivo do feto. Saí de lá muito aliviada de saber que está tudo bem com o Lucas e que o peso e o tamanho dele correspondem às minhas semanas de gravidez. Ele já pesa 1,263 kg e mede 37 centímetros.

Cheguei em casa e fui direto buscar uma régua para ter uma noção exata dessa medida. Também visualizei o peso de um saco e ¼ de arroz. O Joaquim estava viajando a trabalho e a minha mãe tinha um compromisso inadiável no mesmo horário dos exames. Um agradecimento especial à minha sogra, Ana Lucia Saboia, que me acompanhou e me deu a segurança que eu precisava. Por mais forte e independente que tente ser, momentos como este não são para serem vividos sozinha. Um resultado inesperado pode nos tirar o chão.

Essa imagem que vocês estão observando foi o que melhor conseguimos capturar. O engraçado é que na gravidez do primeiro filho fiquei horas contemplando uma imagem semelhante a essa com euforia, procurando nela traços meus e do pai. Agora, meu maior interesse é saber que está tudo bem, que são dois olhos e uma boca e está tudo certo. Também já sei que os bebês, em geral, pouco se parecem com a versão final.

Aproveitei para perguntar ao dr. Simões sobre uma curiosa obra de arte que um artista plástico que admiro muito, o Alexandre Mazza, publicou recentemente em seu Instagram. A partir de um molde de bebês trigêmeos, Mazza criou uma obra em movimento. Vale a pena conferir no link abaixo:
https://instagram.com/alexandremazza

Fiquei sabendo que um sócio da CliniSul, o dr. Heron Werner, é um dos idealizadores do projeto de impressão do feto em 3D, que permite que os arquivos possam ser impressos em resina por meio de softwares de modelagem ou outras tecnologias de obtenção de imagens. O método, que antes era utilizado somente em pesquisas médicas, tornou-se uma alternativa para que pais com deficiência visual possam acompanhar de forma mais real o desenvolvimento da gravidez. Fotografei alguns moldes na mão do dr. Sérgio para mostrar a vocês, mas quem quiser entender melhor o que essa tecnologia oferece pode acessar este outro link:

http://www.bolsademulher.com/bebe/impressao-de-ultrassom-3d-como-funciona

 

IMG_1410 IMG_1408 IMG_1399 Captura de Tela 2015-04-15 às 11.52.23 PM Captura de Tela 2015-04-15 às 11.52.12 PM