Hoje fui na minha obstetra, Juraci Ghiaroni. Já tinham se passado seis semanas desde a última consulta mensal. A gente também precisava conversar sobre a diabetes. O exame clínico foi ótimo e só engordei 1,2 kg nesse período, que, considerando tudo que comi nos últimos tempos, representou menos do que esperava. Talvez a dieta radical que iniciei na sexta-feira já tenha surtido algum efeito.
Aproveitei para pedir explicação sobre essa cadernetinha de pré-natal que ela preenche e entrega às pacientes. Traduzindo: IG é idade gestacional em semanas; PA, pressão; FU, a medida do fundo do útero (com uma fita métrica na posição vertical é verificada a distância do púbis ao fundo do útero, que, normalmente, corresponde em centímetros ao número de semanas); BCF são os batimentos cardíacos monitorados com o doppler fetal de mão no próprio consultório; e HB (hemoglobina) e EAS (exame de elementos e sedimentos anormais) são exames de sangue e urina, respectivamente. Observe também, no exame, que sou uma pessoa “imunizada”: tenho sorologias para citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola.
Minha massagista fez um comentário hoje cedo que me deixou preocupada. Disse que achava que a minha barriga estava “baixa”, e que barriga em gravidez de menino costuma ser mais alta. Já não bastasse a minha preocupação com a glicose e a informação de que uma das consequências da diabetes gestacional é o parto prematuro… A Juraci me tranquilizou afirmando que isso é besteira, que não existe barriga “padrão”, que eu nem me preocupasse com essas crendices.
Recentemente, num bate-papo com a amiga Olivia Rabacov, que teve dois filhos de parto humanizado, comentei como fiquei com a impressão de que a quantidade de anestesia que recebi atrapalhou o processo de expulsão do Felipe. E que estava considerando a possibilidade de não tomar nada desta vez – se tudo correr bem e for possível ter outro parto normal, como tanto desejo. Ela me contou que teve um encontro com o anestesista no consultório da obstetra semanas antes do parto para conversar sobre suas expectativas e sobre o quanto gostaria de receber de sedativo. Achei a ideia ótima e trouxe o assunto à tona com a Juraci, que me passou os telefones do anestesista de sua equipe e me deixou à vontade para marcar uma conversa.
Quem aqui encarou um parto sem anestesia poderia me contar como foi a experiência?
Em relação à alimentação, estou impressionada com a minha força de vontade até agora. Consegui resistir a várias tentações durante o fim de semana. A possibilidade concreta de causar algum mal à saúde do bebê foi o susto que eu precisava para mudar de rota. O efeito colateral mais surpreendente (e positivo), no entanto, foi estar há três dias livre da azia que vinha me perseguindo. E dos arrotos e refluxos. Estou longe de ter virado princesa, mas deixei de ser sapa. É impressionante a melhora. Não sei dizer se estava com intolerância a farinha, doces ou acúmulo de carboidratos, fato é que estou me sentindo muito melhor desses incômodos e mais bem-disposta. Hoje na aula de hidroginástica na Bella Gestante achei que estava até mais ágil nos movimentos…