Esperando a mudança de lua?

Muito emocionante todas aquelas mensagens de carinho e apoio ontem. Me sinto abençoada e cercada por uma corrente positiva capaz de me proteger de qualquer mal. Curiosamente, o Lucas ainda não nasceu! Sapequinha e preguiçoso…

As contrações no final do dia de ontem foram fortes e ritmadas, em intervalos de 10 a 12 minutos por mais de uma hora. Depois, porém, foram ficando mais espaçadas e brandas, a ponto de eu conseguir dormir em dois ou três intervalos por mais de uma hora em cada.

Mas rolou um momento de “tudo ou nada”, com todo mundo em volta, querendo saber se era para irmos ou não para a maternidade. Foi bem tenso, pois se tratava de uma decisão inteiramente nas minhas mãos. Sabia que o meu “sim” mobilizaria, no mínimo, dez pessoas, da equipe médica aos parentes.

As dores eram intensas, mas nada comparado à primeira contração que tive no parto do Felipe, que foi muito forte e rápida. Ele nasceu em duas horas e meia e eu já cheguei na maternidade com 6 cm de dilatação.

Por outro lado, conversando com a dra. Isabella sobre o que gostaria que fosse diferente desta vez, concordamos que tudo o que não queremos é passar pelo mesmo susto, sair correndo de casa e chegar lá com aquele nível de dor. Então, apesar de não ser mãe de primeira viagem, fico meio sem saber qual a hora certa de tocar a sirene. Talvez amanhã, pois descobri que é o Dia dos Bombeiros, kkk!

No fundo, o meu maior medo de ir para a maternidade ontem era de ser um alarme falso e, uma vez lá instalada, com o cerco montado e toda a equipe médica de prontidão, o procedimento natural fosse induzir o parto. A indução muitas vezes é necessária, mas não considero que seja ainda o meu caso. Não completei 40 semanas, o Lucas não está grande demais, o cordão não está enrolado no pescoço, a bolsa não rompeu…

Acordei bem e passei o dia com contrações leves, mas num estado de alerta enervante. O Joaquim achou prudente trabalhar de casa e foi confortante ter a companhia dele. Falei há pouco com a dra. Isabella e conversei muito sobre os próximos passos. Ela me tranquilizou e disse que podemos esperar a natureza seguir seu curso até sexta-feira. No entanto, se passar desse prazo, com a dilatação de 4 centímetros que eu já apresentava ontem, isso pode representar um risco de contaminação para o bebê, já que o útero está aberto e vulnerável à entrada de bactérias.

Sigo apostando na virada da lua esta noite, ainda mais sendo lua cheia, por isso não vou sofrer por antecipação.

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