Como blindar o bebê?

Tive uma das melhores noites de sono dos últimos meses. Consegui dormir nove horas e meia, levantando só algumas vezes para fazer pipi, mas sem perder o embalo. Acho que a perspectiva de levar mais tempo para parir me fez dar uma relaxada. Tanto que hoje me permiti ter uma tarde bem agitada. O único porém foi que tive uma cãibra na panturrilha esquerda que doeu mais do que contração de parto. Me controlei pra não dar um grito na cama e assustar o Joaquim, que dormia profundamente e ia se levantar tenso, achando que era chegada a hora de ir para a maternidade. Estou indo dormir e o local ainda está meio dolorido.

Fomos à festa de aniversário de três anos do Pedro Henrique Cotrim e depois à festa junina do clube. Felipe amou participar de algumas brincadeiras, como jogo de dardos e pescaria. Soltou estalinho e correu de um lado para o outro. Sinto que estou aproveitando esses últimos momentos de “trio”. Hoje ainda é difícil imaginar a nossa vida com mais um integrante, mas sei que logo vai ser impossível imaginá-la sem.

Comentei com a minha comadre Mariana Gross, que encontrei na festa junina, que hoje o Lucas estava mais calmo que de costume. Ela me disse que esse é um dos sinais comuns de que a hora está próxima, informação da qual eu não tinha conhecimento. Dias antes do parto o bebê se mexe menos e a atividade dentro da barriga da mãe pode diminuir. Desde então comecei a observar atentamente e ele realmente está mais “na dele”. Com alguma de vocês foi assim e logo depois o bebê nasceu?

Estou torcendo para que o Antonio, filho da Mariana, não nasça no mesmo dia que o Lucas, para que a madrinha possa estar sempre presente nas nossas comemorações e ao menos uma de nós possa visitar a outra na maternidade. Fiz questão de tirar uma foto do que provavelmente será o último encontro das nossas barrigas.

Lei de Murphy é que o Felipe está com nariz escorrendo, dor de ouvido e tosse. Nada grave, não fosse a proximidade do nascimento do irmão. O pediatra, Fernando Majzels, me passou uma medicação que comecei a administrar ontem.

Todas as minhas amigas com mais de um filho contam que o mais complicado é isolar o bebê das doenças que os irmãos mais velhos trazem da rua pra casa. Muitos vírus nem chegam a provocar sintomas, mas ainda assim são transmissíveis através de beijos, mãos contaminadas ou até um espirro direcionado. Estou entrando na paranoia de lavar as minhas mãos e as dele várias vezes ao longo do dia. Já coloquei um pote de sabonete líquido bactericida e outro de álcool gel em todas as pias da casa. Alguém tem algum conselho do que mais posso fazer para permitir o contato dos irmãos e ao mesmo tempo proteger o neném? Acho que o Felipe ainda é pequeno demais pra que eu peça que ele use uma máscara perto do neném. Concordam?

Não penso em levar o Felipe para a maternidade no momento em que for dar à luz. Ele não vai poder ficar perto de nós e a espera pode ser muito longa. Dependendo do meu estado geral, talvez seja melhor até esperar pelo dia seguinte. Presenciei a cena hilária do filho de uma amiga que ao chegar ao quarto da maternidade levantou correndo a camisola dela procurando pela barriga, tentou arrancar fora o soro na veia e protestou muito por não poder subir em seu colo.

Coloquei na mala um presentinho de um irmão para o outro, um livro de desenhar e um álbum fotográfico maravilhoso que encomendei na Nine Memórias Criativas​ com as nossas fotos da viagem para a Disney. Guardei para o pai e eu darmos ao Felipe de presente no momento da chegada do Lucas para que ele se lembre dessa viagem tão especial. A impressão e a diagramação são fantásticas, tem cara de livro de criança com páginas duras e um visual superalegre. Tenho certeza de que vai virar um livro de estimação.

Mensagem final: espero que as visitas que chegarem e encontrarem os dois no quarto tenham a sensibilidade de falar primeiro com o primogênito, valorizar sua presença, antes de voltar as atenções ao bebê. Está dado o recado?

 

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