Exames que não acabam mais 

Quando estive no consultório da minha nova obstetra, a dra. Isabella Proença Tartari, fizemos a “coleta do cotonete” para realizar o exame de Streptococcus. Me esqueci completamente do assunto e só hoje me lembrei de verificar o resultado no site do Laboratório Sérgio Franco. Deu negativo.

Esse exame é muito importante e deve ser realizado entre a 35ª e a 37ª semana. A bactéria do grupo B que pode ser encontrada na vagina é, na maioria das vezes, inofensiva para a mulher e o bebê enquanto ele está na barriga. Mas, na hora do parto, existe um pequeno risco de ser transmitida e causar uma infecção que pode ser perigosa por afetar o sangue. Também pode causar outras doenças, como pneumonia e meningite no bebê logo na primeira semana de vida.

Estima-se que uma em cada três gestantes apresentem positivo para o teste, mas isso não é motivo de pânico. Os médicos costumam administrar o antibiótico na veia, na maternidade, antes de o bebê nascer. O objetivo é dar o antibiótico enquanto acontece o trabalho de parto, durante pelo menos quatro horas antes. Não é indicado fazer tratamento nos meses anteriores, nem mesmo com cremes vaginais (fonte: brasil.babycenter.com).

Na semana passada, fiz outros dois exames de rotina que reduziram minha lista de preocupações com o Lucas. Sou muito grata por contar com recursos e ter acesso a todos esses testes preventivos, mas às vezes invejo a época em que minha mãe me pariu, sem um terço dessa tecnologia disponível. Tantos avanços na medicina com certeza nos permitem conduzir a gestação de forma mais segura. Mas, sem dúvida, também aumentam em muito a nossa angústia. Gravidez tranquila? Pra quem? Todo mês tem um desafio a ser superado, o frio toma conta da barriga, faço novas promessas…

Estive na clínica do dr. André Arnaud para realizar uma ecocardiografia. Professor da UFRJ, ele foi pioneiro em trazer para o Rio de Janeiro essa parte da medicina fetal. O objetivo do exame é avaliar o coração de uma forma mais abrangente, diminuindo os riscos de surpresa quanto a uma má-formação cardíaca. Indaguei de que adianta antecipar essa informação e ele me explicou que alguns procedimentos podem ser realizados intrauterinamente. E, no caso de não ser possível atuar, organizar melhor o parto pode ser determinante para salvar uma vida.

Estive também na CliniSul, com a dra. Cristina Paes Werner, realizando pela segunda vez a dopplerfluxometria. Por conta da diabetes me foi aconselhado repetir esse exame, que eu já havia feito há cerca de um mês, e que avalia prioritariamente o fluxo sanguíneo no cordão umbilical, carótidas e artéria cerebral.

Tudo bem aqui no front. Fui salva desses três “paredões”. Mas nem toda torcida é garantia de vitória. Prova do imponderável é a história da jornalista Renata Capucci, que há cerca de dois meses revelou publicamente aqui no blog, pela primeira vez, sua comovente história de vida sobre os três filhos que perdeu antes de nascerem. 

A revista Vogue acaba de trazer na edição de junho um novo texto assinado por ela que me fez cair aos prantos outra vez. Ainda bem que veio estampado com essa linda foto de família, de mãos dadas com Lily e Diana, suas duas grandes vitórias, e termina com uma mensagem de otimismo: “Eu seria capaz de passar por tudo novamente para conseguir ter essa família – exatamente essa família”. Bravo, Renata!!!